Por Joana Rozowykwiat, de Política/JC Depois da vitória no 1º turno, João da Costa (PT) terá agora de enfrentar os desafios de compor um governo que represente os 16 partidos da coligação e comandar uma gestão de continuidade à administração bem aprovada do prefeito João Paulo (PT), que não pareça “mais do mesmo”.
O futuro gestor, que passou a campanha massificando o “João é João”, agora deve ser alvo de muitas comparações.
Se na política, os dois petistas têm muito em comum, na maneira de ser são considerados diametralmente opostos, em vários aspectos. “João é João na política”, restringe João Paulo, sem querer opinar sobre a personalidade do correligionário, bem diferente da sua.
O atual prefeito é conhecido pelo seu jeito extrovertido, carinhoso e agradável.
Sempre trabalhou muito bem com as pessoas, valorizando sua equipe, delegando atribuições, o que teria dado muito resultado na gestão.
Já o futuro gestor é tímido, sisudo, introspectivo.
Também apontado como exigente, muito centralizador e, às vezes, ríspido. “João da Costa é um grande cobrador.
Quer sempre saber detalhes.
Não perdoa atraso.
Assim como o prefeito, trabalha muito, é muito dedicado.
Tem enorme capacidade técnica e de trabalho.
Vai ter que escolher uma equipe despojada, centrada e de muita confiança”, avalia o vereador Fernando Nascimento.
Para o sucessor de João da Costa na pasta de Orçamento Participativo, Amir Schwartz, qualquer prefeito que sucedesse João Paulo teria dificuldade na comparação. “Quem for trabalhar com ele terá que compreender seu estilo e ele também deve avançar nessa questão.
O fato de ser tímido termina gerando um pré-julgamento”, pondera.
De acordo com a secretária de Gestão Estratégica, Lygia Falcão, as diferenças entre os dois “Joãos” não interferirão no governo. “Mesmo tendo um estilo diferente, ele sempre encaminha as coisas de forma colegiada.
Sempre conduziu para somar”, elogiou.