O deputado Alberto Feitosa (PR), vice-líder do governo na Assembléia Legislativa, disse entender o papel da oposição, mas considera que o deputado Augusto Coutinho (DEM) foi injusto quando falou que o governo só trabalha mediante “rolo compressor”. “Toda a bancada de governo da Casa – tendo a frente o deputado Isaltino Nascimento – e o presidente Guilherme Uchoa, além do presidente da Comissão de Justiça, deputado José Queiroz (PDT), sempre deram tratamento respeitoso aos oposicionistas", disse Alberto Feitosa. “Tanto que, diferente das gestões passadas, todos os secretários que foram convidados a prestar esclarecimentos nestes quase dois anos de governo compareceram à Assembléia, de forma transparente, bem como o próprio vice-governador João Lyra, secretário estadual de Saúde.

Sem falar que adotamos o procedimento de levar o próprio deputado que pleiteia esclarecimentos ou apresenta emendas aos projetos do Executivo aos gabinetes dos secretários para debater suas propostas”, ressalta Feitosa.

Quanto às ações na área de saúde, Feitosa diz que o governador Eduardo Campos está trabalhando com firmeza para reverter uma situação que já era caótica há muito tempo.

E que a prova da aprovação da sua gestão foi dada nas últimas eleições municipais, quando o governo conseguiu eleger mais de 140 prefeitos de sua base aliada em todo o Estado.

No que se refere às situações das UTIs, o deputado acresce: “A Central de Regulação Médica informa que, das 0h da última terça-feira (07/10) até as 12h de ontem (quinta-feira), 17 pessoas foram retiradas da lista de espera por leito de UTI devido ao falecimento.

No mesmo período, 50 pessoas tiveram acesso à Terapia Intensiva na rede estadual e saíram da fila”. “Pela média, a espera por um leito dificilmente ultrapassa 12 horas.

Em muitos casos, não chega a uma hora.

Aguardam um pouco mais os pacientes que só possuem a opção de serem internados na UTI do hospital no qual já está se tratando - um doente neurológico, por exemplo, só pode ser internado em uma UTI do HR, por lá ser a maior referência nesse atendimento-.

Mesmo havendo vagas disponíveis em outros hospitais, a transferência é contra-indicada pelos médicos”.

Feitosa ainda afirmou: “É importante esclarecer que todos os pacientes que aguardam UTI não estão em um leito comum, mas em uma Unidade de Cuidados Intermediários, com respirador e medicamentos semelhantes aos de Terapia Intensiva.

E, mesmo que tenham acesso de imediato a uma UTI, a sobrevivência não é uma garantia – dados mostram que cerca de 25% dos pacientes internados em uma UTI não resistem, devido ao seu quadro de gravidade.

Dessa forma, não é possível definir se a falta do leito causou a morte, conforme afirma a Aduseps”.

De acordo com Alberto Feitosa, “a falta de leito UTI é uma realidade não só em Pernambuco, mas em todo o Brasil, tanto no setor público como privado.

Esse é um problema que passa, principalmente, pela carência de médicos especializados em Terapia Intensiva, área que pouco interessa aos profissionais por não possibilitar a carreira nos consultórios particulares, mas sempre vinculada a um hospital de grande porte”. “Mesmo diante do quadro, o Governdo do Estado, através da Secretaria Estadual de Saúde deu importantes avanços na ampliação desses leitos.

Este ano, o Estado contratou 53 leitos de UTI e UCI na rede privada conveniada ao SUS, distribuídos nos hospitais Alfa, Memorial Guararapes, Nossa Senhora do Ó, São Vicente de Serra Talhada e Maria Lucinda.

Há ainda 69 de UTI leitos na rede pública em fase de obras, a serem implantados”, conclui Feitosa.

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