O prefeito do município de Verdejante (Sertão), José Adailton Monteiro (PR), encaminhará um ofício ao governo do Estado solicitando garantias de vida.
Apesar de não ter sido reeleito no pleito do último domingo (5), o prefeito diz estar recebendo ameaças de morte desde que começou a circular pela região a notícia de que ele tentaria o tapetão para tentar reverter o resultado.
O filho de Adailton Monteiro, o advogado Adolfo Monteiro, esteve no Recife nesta terça-feira (7) para solicitar alguma providência por parte da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional de Pernambuco (OAB-PE).
Ele tentará marcar um encontro com o procurador geral de Justiça, Paulo Varejão. “Divulgaram na rádio de Salgueiro que o meu pai iria para o tapetão por ter perdido a eleição”, conta Adolfo Monteiro.
Segundo o advogado, o clima em Verdejante é muito tenso. “Um grupo de pessoas invadiu ontem à tarde a nossa casa em Verdejante atrás do meu pai.
O clima está muito tenso.
A cidade está um bang-bang”, afirma Adolfo Monteiro, que prestou queixa na Delegacia de Salgueiro.
De acordo com Adailton Monteiro, o secretário de Obras de Verdejante, Islan Carvalho, recebeu na manhã de hoje uma ligação anônima informando que vão matar o prefeito até dezembro. “A situação aqui está complicada”, resume Adailton, que javia encaminhado no último dia 3 de janeiro um ofício ao governo do Estado solicitando garantias de vida.
BRIGA POLÍTICA Para o prefeito Adailton Monteiro, as ameaças de morte que atualmente vem recebendo têm ligação com a briga política em Verdejante, onde segundo ele a família do prefeito eleito no último domingo (5), Aroldo Taveres (DEM), domina a política do município há 45 anos. “Eles ficaram chateados porque no ano passado conseguimos cassar Francisco Alves Tavares, primo de Aroldo”, afirma Adailton. “São pessoas ligadas a eles.
O clima está horrível”, completa o prefeito.
O filho dele, o advogado Adolfo Monteiro, prefere não acusar ninguém, apesar de afirmar que existem várias queixas-crime contra o grupo político de Aroldo Tavares. “Não tenho provas que foram eles (que invadiram a casa do prefeito ontem).
Mas temos vários documentos comprometedores que configuram explicitamente abuso de poder econômico.
Vamos entrar com uma ação para cassar o mandato de Aroldo”, afirma o advogado.