O Tribunal de Contas de Pernambuco abriu duas auditorias especiais para investigar irregularidades na gestão dos fundos de previdência dos municípios de Lagoa do Carro, na Zona da Mata do Estado, e São Lourenço da Mata, no Grande Recife.
O trabalho foi iniciado a partir de uma representação feita ao TCE pelo Ministério Público de Contas (MPCO), após a publicação de uma matéria no jornal O Estado de São Paulo que divulgou um esquema de operações financeiras suspeitas nos fundos de pensão dos Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS) de vários Estados.
As fraudes foram apuradas durante uma investigação conjunta realizada pelo Ministério da Previdência, Banco Central e Polícia Federal.
Segundo o texto publicado na imprensa, as perdas identificadas seguem um padrão, onde “os institutos pagaram caro ao comprar papéis federais ou os venderam a preços inferiores à média do mercado”.
A relatora do processo de São Lourenço da Mata, conselheira Teresa Duere, ressaltou que o Tribunal já vem realizando um trabalho de atuação preventiva nos 184 municípios pernambucanos, visando coibir problemas dessa natureza.
De acordo com a reportagem, as operações resultaram em prejuízo de R$ 307.295,00 no município de Lagoa do Carro e de R$ 291.997,00 em São Lourenço da Mata.
Em sua representação, o procurador geral do MPCO, Cristiano Pimentel, solicitou que os gestores dos fundos de previdência e os prefeitos de ambos os municípios prestem esclarecimentos ao TCE e que em caso de procedência, restituam os valores aos cofres públicos.
O relator do processo de Lagoa do Carro é o conselheiro Marcos Loreto.
Com informações do TCE