Um dos momentos de maior saia justa ocorreu entre Edilson Silva e Cadoca.
O candidato do PSOL colocou em discussão o escândalo das notas frias na Câmara do Recife e perguntou a Cadoca porque o tema não estava sendo explorado pela oposição, como acontece com o escândalo de uso da máquina na Secretaria de Educação, em favor de João da Costa.
Cadoca tergiversou e acabou não respondendo.
Na seqüência, disse que seu estilo não era de paladino da ética, como Silva, preferindo seguir com sua história política, tendo abordado o caso da cassação com equilíbrio. “Vocë está chamando para si o papel de paladino da ética.
Fique para si.
Continuo com a minha história”.
Cadoca usou todo tipo de argumentação para justificar o silêncio sobre a crise na Câmara do Recife. “O tema da Câmara Municipal não está no Judiciário” “São informações vazadas por técnicos” “Não chegou ao público” “Não tem decisão judicial, como no caso da cassação” Ainda no ar, Silva deu reposta ao adversário. “Não sou paladino da ética.
Tenho o direito de defender a luta pela ética e a corrupção”.
Fora do ar, foi ainda mais duro. “Ele deve ter ficado com raiva porque tem um monte de vereador ligado a ele que está na lista dos envolvidos”.
Ainda no ar, Edilson aproveitou mais uma oportunidade para bater em João da Costa. “Tem gente de colarinho branco, que se apresenta como candidato mas perdeu a legitimidade, só está concorrendo porque tem recursos para pagar bons advogados”, tascou.
Na réplica, Silva não deixou barato. “Temos as mãos limpas.
O que ocorreu foi falta de ética.
Foi um absurdo a falsificação de notas fiscais.
Já devolveram até o dinheiro.
E não se ouviu nem um pio”, reclamou.
Cadoca aproveitou sua intervenção no final do programa para apostar no segundo turno e disse que, em um eventual disputa em dois turnos, os tempos são iguais e os eleitores teriam mais tempo para refeletir sobre as melhores propostas.