Renato Lima, na edição de Economia do JC de hoje, revela, com base em informações do leiloeiro público Ronaldo Milan, responsável pela venda dos galpões da Rede Ferroviária Federal no Cais José Estelita, que há seis empresas já habilitadas e outras quatro em processo de análise. “Estamos numa expectativa boa.
O terreno tem uma vocação urbanística grande e entendo que os interessados vão melhorar o local”, afirmou ao JC. “É um terreno muito bom, muito nobre”, completou.
Segundo o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) de Pernambuco, Marcello Gomes, o local é de altíssimo interesse comercial. “Há muitos anos que o mercado comenta que ali é uma excelente zona de expansão para a cidade.
Nós temos naquele complexo a área intermediária entre a Zona Sul e Norte do Recife, próxima ao centro administrativo, tribunais e uma das mais belas vistas da cidade”, afirma.
Segundo ele, o local se presta para investimentos tanto comerciais quanto residenciais. “Eu acredito que se o preço atingir valores adequados - e não saberia estimar quanto é - é uma excelente opção”, acredita.
Próximo dali já estão sendo erguidas duas torres de alto padrão da Moura Dubeux. “São investimentos que conseguiriam resgatar o centro da cidade, imprimir um dinamismo e tirar aquela degradação visual”, diz.
A Caixa Econômica Federal (CEF) está determinada a vender o terreno da Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA) localizado no Cais José Estelita.
Segundo o gerente da CEF responsável pela venda dos bens da RFFSA, Nagib Miguel Just, o banco está apenas cumprindo determinação da Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
Já o governo do Estado, que espera ocupar a área com um centro administrativo, torce pelo fracasso do certame.
A área da RFFSA foi transferida durante o processo de liquidação da rede ferroviária, para a SPU.
A SPU então determina o que fazer com os imóveis.
Neste caso, a SPU pediu à Caixa que leiloasse o bem, sendo os recursos obtidos transferidos para um fundo que foi criado para saldar os passivos da rede. “A única coisa que podemos, legalmente, é vender o imóvel”, afirma o gerente da CEF Nagib Miguel Just.
O valor do terreno foi fixado com preço mínimo de R$ 55,278 milhões.
A área possui 101,7 mil m², contendo edificações em forma de galpões de armazenagem e outras pequenas benfeitorias.
O processo de venda dos bens da RFFSA por parte da Caixa está no começo. “Já vendemos alguns imóveis no Paraná e Minas Gerais.
O processo está no começo ainda”, afirma.
Mas, apesar de estar em etapas iniciais e ser do interesse do governo de Pernambuco, a área será leiloada nesta sexta mesmo, defende o gerente da Caixa. “É o que determina a lei 11483/07, que extinguiu a RFFSA”, defende.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, em entrevista ao Blog de Jamildo ontem, afirmou que desde abril negocia com a SPU a utilização da área para a criação de um centro administrativo do Estado. “Não conseguimos evitar o leilão, mas o mercado sabe que temos um projeto para aquela área.
O mercado não vai se arriscar a comprar e fazer um projeto que pode receber severas restrições dos órgãos licenciadores”, ameaçou o secretário.
PS: O leiloeiro não abre os nomes de jeito algum.
A sua argumentação é que, se vazar, eles podem fazer acordos e atrapalhar o leilão.
Camarada, se o sujeito é safado, faz trambique com ou sem transparência.