Mesmo com mais de 20 pontos de vantagem do segundo colocado na preferência dos eleitores de Recife, de acordo com a última pesquisa Ibope, João da Costa, do PT, não abandonou a postura defensiva no seu último programa eleitoral gratuito na televisão.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fechou o programa defendendo o candidato que disputa a eleição cassado, em primeira instância, por uso da máquina pública. “Não se deixe levar por crítica de adversário ou por denúncia de época de eleição”, pediu o presidente, recomendando o voto no petista.

Na abertura, o jornalista e apresentador Leonel da Mata repetiu não existir sentença que proíba João da Costa de votar e ser votado. “Tudo o que se diz ao contrário é intriga da oposição.” O programa também condenou “a exploração oportunista de adversários maliciosos”. Único prefeiturável a manter o assunto em pauta no horário eleitoral, Edílson Silva, do PSOL, voltou à carga.

Destacou que o candidato do PT foi cassado porque “cometeu um crime eleitoral” e que agora “estão dizendo que a cassação é um golpe contra o povo”. “O povo não tem nada a ver com as imoralidades e com os crimes cometidos pelos políticos”, afirmou, ao se apresentar como alternativa para as elites que já governaram - referindo-se aos outros postulantes da prefeitura, com exceção dos partidos nanicos - e para as elites que estão governando a cidade, referindo-se ao prefeito reeleito João Paulo, do PT.

Mendonça Filho (DEM), segundo colocado, Raul Henry (PMDB) e Carlos Eduardo Cadoca (PSC) pregaram a importância do segundo turno. “O Recife precisa de mais tempo para discutir os seus problemas”, disse Cadoca. “Segundo turno existe para que se possa escolher o candidato com mais segurança”, afirmou a locutora do programa de Raul Henry.

Todos fizeram críticas à atual administração - que João da Costa representa a continuação - e defenderam suas propostas como as melhores, em clima positivo.

Da Agência Estado