A quatro dias das eleições municipais, o processo de cassação do registro da candidatura de João da Costa (PT) finalmente chegou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

No sorteio para relator do processo, deu a desembargadora Margarida Cantarelli.

A escolha acontece de forma automática e aleatória, segundo explicou ao Blog o presidente do TRE, Jovaldo Nunes.

De acordo com o magistrado, os dados do processo são inseridos no sistema de computador, que sorteia um dos sete desembargadores eleitorais.

Feito o sorteio, o processo é distribuído para a relatora, que será a única a analisar toda a documentação, no tempo que julgar necessário.

Quando o assunto entrar em pauta na sessão do Pleno, caberá a Margarida Cantarelli dar o primeiro voto - favorável ou contrário a sentença do juiz Nilson Nery - e argumentar sobre sua decisão.

Os outros cinco magistrados também se pronunciarão através do voto e, caso aconteça um empate, o presidente Jovaldo Nunes dará o voto de minerva.

Foi a desembargadora Margarida Cantarelli que deu liminares favoráveis ao DEM e PMDB, autorizando-os a ter acesso aos documentos da investigação, que corria em segredo de Justiça.

Ela ocupa a vaga destinada ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, para onde foi nomeada por indicação política em 1999.

Margarida Cantarelli teve militância partidária no DEM, ex-PFL.

Era muito ligada politicamente ao senador Marco Maciel (DEM), de quem já foi secretária estadual da Casa Civil e chefe de gabinete no Ministério da Educação.

Disputou o Senado em 1986 e perdeu.