GOVERNADOR EDUARDO CAMPOS IMPÕE AGENDA NEOLIBERAL EM PERNAMBUCO COM AS FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO.

Por Expedito Solaney Na contramão da implementação do necessário Estado forte em um país como o Brasil e de um Estado pobre como o nosso; o Governador do PSB retoma a agenda neoliberal derrotada na década anterior de FHC; traindo assim quem o apoiou, como o movimento sindical e social.

Quer Requentar a agenda derrotada de Estado mínimo e ausente.

Propor terceirizar função fim do Estado através de fundações privadas para prestar serviço nas áreas mais carentes da população como é a Saúde, a Educação, a Água, o Saneamento. É chamar o povo de idiota, é subestimar nossa capacidade de indignação.

Reeditar o Projeto de administração gerenciada, que “separa” segundo eles o que é obrigação essencial do Estado (fisco, polícia e justiça estadual) e o que é área concorrente com a iniciativa privada (saúde educação, ciência, tecnologia, cultura, saneamento, água entre outros).

O Estado, no projeto repassa a realização direta de serviços públicos às fundações de direito privado.

Este malogrado modelo de Estado mínimo derrotado foi inaugurado com Bresser Pereira na era FHC.

Quem não lembra o saldo no final daquela infeliz década: sucateamento do serviço público, corrupção, venda de patrimônio público por preço vil, recessão, crise.

Naquela época a mobilização do movimento sindical e social freou a sanha do então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB) sintonizadíssimo com o projeto neoliberal de FHC, não permitindo a criação das famigeradas OS’s (organizações Sociais) e OSCIP’s (Organizações Sociais de Interesse Público) nomes diferentes mais conteúdo igual ao do projeto de fundação do neoliberal Eduardo Campos (PSB).

O projeto foi com a conivência dos deputados/as do PT aprovado por unanimidade na ALEPE pelos “representantes do povo”.

O extraordinário é que o Governador apregoa plena afinidade com o Governo Federal.

Difícil entender, pois o Governo de LULA tem avançado no fortalecimento do Estado, do setor público inclusive com criação de inúmeros concursos públicos para a administração direta e indireta.

Criou 12 novas universidades públicas.

Enquanto que a nossa Universidade Estadual (UPE) não consegue nem ser atendida pelo Estado no seu projeto de autonomia financeira.

O Brasil, desde o inicio do seu governo LULA entra num ciclo de desenvolvimento econômico e social e justamente agora com a consolidação da agenda positiva, do Estado forte, presente em setores que o neoliberalismo abandonou, se começa a pagar a divida social, como os programas sociais.

E as áreas de educação, saúde, saneamento e moradia entram fortemente na pauta como política de Estado, com financiamento razoável e permanente.

A falta de sintonia não é só com o Governo Federal mais também com vários Estados como os do Centro-Oeste que têm melhorado seus indicadores sociais, criado empregos formais e feito concursos públicos para fortalecer sua administração direta.

Em compensação há uma sintonia fina entre o governador Eduardo Campos(PE) PSB com conhecidos governos neoliberais: Aécio Neves(MG), Yeda Crusius(RS) e José Serra(SP), todos do PSDB que tentam implantar o modelo privatizante nos seus respectivos Estados.

Inclusive estes entraram recentemente com uma ADIN para não implementar o Piso Nacional do Magistério mostrando que eles não têm compromissos com o fortalecimento da educação pública.

Coincidentemente Eduardo também contrata a mesma consultoria (INDG) para “diagnosticar e propor modelo e projeto de funcionamento da maquina estatal” que os tucanos nos seus Estados, isso indica que a concepção de Estado do governador em Pernambuco é a mesma que a do seus pares do PSDB de Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul.

O Governo do PSB através do seu Secretário de Saúde, que é também o vice governador, disse que o SUS não serve mais, esta superado, não funciona, que, portanto, isso por si só já justifica o repasse dos hospitais públicos para a iniciativa privada, que as fundações vão resolver todos os problema do sistema de saúde como num passe de mágica.

Este senhor, que antes de ser o vice governador e agora secretário de saúde é empresário do setor de transporte rodoviário.

Certamente podemos deduzir que ele entende mesmo é de pneu e de caixa de marcha, que de seringa e bloco cirúrgico.

Mas, não podemos nos enganar com o tino empresarial deles: a Emenda constitucional 29 aquela que trata do financiamento da saúde, foi aprovada no congresso nacional, com isso é possível resolver parte o maior gargalo da saúde pública desde a implantação do SUS: o seu financiamento.

São entorno de R$ 12 bilhões a mais para financiar a saúde publica.

Com as fundações, o setor empresarial privado vai gerenciar o dinheiro público.

E, segundo eles vão resolver o problema, vão fazer o que o Estado nunca fez através do SUS.

Isso é a maior conspiração contra o SUS.

Registre-se que as tais fundações foi proposta do Ministro da Saúde O Temporão (PMDB) através do PLP 092/07 em âmbito federal.

Sofreu forte resistência, a CUT foi contra e a 13ª conferencia nacional de saúde votou contra, deixando o PLP congelado.

O SUS – Sistema Único de Saúde foi uma construção coletiva e uma vitória histórica do povo ao constar como DIREITO CIDADÃO e um DEVER DO ESTADO na CONSTITUIÇÃO PROMULGADA EM 1988 , por isso comemoramos os 20 anos do SUS e da Constituição este ano.

O POVO, OS SERVIDORES PÚBLICOS E SEUS ENTIDADES REPRESENTATIVAS, OS MOVIMENTOS SOCIAS NÃO FALTARAM NESTA LUTA CONTRA ESTES CRIMINOSOS E COVEIROS DO SUS.

PS: Expedito Solaney – Secretário Nacional de Políticas Sociais da CUT PS do Expdito: Caro Jamildo, Sou daqui de Recife, dirigente dos sindicato dos bancarios, de onde tive a oportunidade de conversar com você nas coberturas das greves e mobilizações e lutas contra a privatização do bandepe.

Estou morando em São Paulo, por ocasião do 9º Congresso Nacional da CUT tendo assumido a Secretaria Nacional de Políticas Sociais da CUT.

Estou mandatado da CUT-Nacional para dar o acompanhamento da greve do SINDSAÚDE-PE e da luta contra o projeto que criou as fundações aqui.

Neste sentido se possível a publicação do artigo que segue. agradeço antecipadamente.