NOTA À IMPRENSA A Associação Nacional de Jornais protesta contra a violência cometida contra o jornal “Extra”, do Rio de Janeiro, que teve 30 mil exemplares da edição do último domingo comprados à força, no centro de distribuição de Belfort Roxo, para evitar que chegassem aos leitores da Baixada Fluminense.

O mesmo grupo armado, posteriormente, percorreu bancas de São João de Meriti, coagindo jornaleiros a venderem exemplares do “Extra”.

A edição trazia matéria demonstrando que deputados estaduais, candidatos a prefeito, faltaram de forma irregular às sessões da Assembléia Legislativa e inventaram mentiras para abonar suas faltas e receber, indevidamente, seus salários.

A própria Justiça Eleitoral do estado classificou a compra forçada do jornal como “um golpe de natureza eleitoral”.

Mais do que uma violência contra os distribuidores e jornaleiros e também contra o “Extra”, a ação dos grupos armados foi um atentado ao direito dos cidadãos de serem livremente informados e um lamentável golpe à liberdade de imprensa.

A ANJ elogia a iniciativa da Justiça Eleitoral do Rio, que determinou hoje à Polícia Militar a realização de operação para garantir a venda do jornal na Baixada Fluminense.

Cabe agora às autoridades policiais investigar a ação criminosa acontecida na madrugada do domingo e, à Justiça punir exemplarmente seus autores.

Brasília, 29 de setembro de 2008.

Júlio César Mesquita Vice-Presidente da ANJ Responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão