Por Inaldo Sampaio, da coluna Pinga Fogo O prefeito João Paulo terá os ônus e os bônus pelo que vier a acontecer com o candidato João da Costa no TRE e, eventualmente, no Tribunal Superior Eleitoral, por ter bancado sozinho dentro do PT a candidatura dele à sua sucessão.

A outra ala do PT comandada pelo secretário Humberto Costa defendia no nome de Maurício Rands, ao passo que o governador Eduardo Campos e o presidente estadual do PTB, Armando Monteiro, advogavam o nome do próprio Humberto.

O presidente Lula chegou a propor ao atual prefeito a candidatura do seu ex-ministro da saúde e o “companheiro” João Paulo, disciplinado, teria reagido dessa forma: “Minha cabeça é de revolucionário, presidente, portanto eu cumpro ordens.

Se o senhor quer que seja Humberto, marcharemos com ele”.

Como o ex-ministro da saúde responde a processo na Justiça Federal por suposto envolvimento (nunca provado) no chamado “escândalo dos vampiros”, fato, aliás, que o tirou da disputa pelo governo estadual em 2006, não aceitou ser candidato e acabou avalizando João da Costa que era uma das três opções do prefeito João Paulo ao lado de Múcio Magalhães e Lígia Falcão.

Resolvido o “imbróglio” no PT, João da Costa teve a capacidade política de reunir 16 partidos no seu palanque e de convencer Eduardo Campos a indicar o vice de sua chapa.

Hoje, disputando a eleição “sub judice”, recebe a solidariedade de todo mundo.

Mas sem que os aliados percam de vista que, ganhando ou perdendo a eleição, ele é uma “cria” de João Paulo.