De tanto gritar, perdeu a voz, tossiu, de forma semelhante ao que ocorreu no pequeno comício realizado na última terça-feira, quando João da Costa se pronunciou sobre cassação da candidatura.
O padrinho João Paulo foi um crítico ferrenho em seu discurso no comício desta noite.
Logo nas primeiras palavras, lamentou que Ariano Suassuna estivesse viajando, e assim, não pudesse cantar “Madeira de lei que cupim não rói” ao seu lado. “Vocês estão lembrados que no comício de Eduardo ficávamos cantando?”, disse, numa tentativa de comparar a campanha de João da Costa a do que foi a de Eduardo Campos. “Durante minha campanha em 2000, muitos não acreditavam que fosse haver 2º turno.
Miguel Arraes falou ’eu e o nosso partido, mesmo que ele não queira, estamos com ele, mostrando a força da esquerda na nossa cidade’”, afirmou o prefeito.
A partir daí, discorreu sobre a “tese do tapetão” que tem defendido com veemência ao longo de toda a semana. “Quem não lembra de panfletos negativos que lançaram na minha primeira campanha?
Fui taxado do governo da baderna, promoveram a ocupação no viaduto Joana Bezerra com bandeiras do MST e parte dos eleitores ficaram com medo”.
E nesse túnel do tempo, João Paulo deu seqüência ao discurso, sempre se colocando na posição de vítima. “Na reeleição, eles diziam que não ia para o 2º turno.
E não foi mesmo, ganhamos no 1º.
Eles tentaram de tudo para inviabilizar minha campanha, quando eles sentem a possibilidade de ganharmos, começa toda uma manipulação, já são profissionais em mentir”, atacou.