Os ânimos acirrados em Olinda têm tomado proporções interestaduais.

Ontem, o juiz da 117ª Zona Eleitoral, João Guido Tenório, negou o pedido de preservação de direito de imagem do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), irmão do candidato a prefeito de Olinda pelo PcdoB, deputado federal Renildo Calheiros.

O senador entrou com representação contra Jacilda Urquisa (PMDB), Arlindo Siqueira (PTB), André Luiz Farias (PDT), o Alf, Gustavo Rosas (PRP) e Marcos Antônio (PSOL).

Renan pediu que fosse preservado “todos os atributos a ele inerentes, tais como a voz e o próprio nome”.

Mas o juiz e extinguiu o processo sem o julgamento do mérito.

No bombardeio a Renildo, o ataque de Arlindo Siqueira foi o que mais desagradou Renan.

Na representação, o senador chegou a transcrever um trecho do guia de rádio do PTB e anexou cópia de um panfleto distribuído por Arlindo na cidade (veja acima).

Dedicada aos eleitores mais velhos, a peça diz que Renildo votou “contra os aposentados”, ao citar o voto do comunista em favor da reforma da Previdência. “Renildo Calheiros e seu irmão senador, de Alagoas, votaram pela taxação dos inativos”, sustenta o panfleto.

O juiz negou o pedido e alegou que Renan “não é candidato a nenhum cargo eletivo”.

Para o magistrado, o senador não é parte legítima, o que torna o pleito sem justificativa. “As reclamações poderão ser feitas por qualquer partido, coligação, candidato ou pelo Ministério Público”, escreveu João Guido, reproduzindo o artigo 2º de uma resolução eleitoral.