O procurador-chefe do MPT-PE, Aluísio Aldo da Silva Júnior, afirmou que a greve foi ‘ilegal e abusiva’, e creditou a culpa ao ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco, Moacir Silveira. ‘O atual presidente do Sindicato não tem nada a ver com isso.
Moacir foi quem encaminhou o movimento de forma errada, sem edital, sem assembléia, sem ata, sem formalizar as coisas.
Ele não cumpriu os requisitos da Lei de Greve.
Foi uma atitude bastante irresponsável de Moacir’, afirmou Aluísio.
De acordo com os dirigentes do Sindmetal, Moacir Silveira tentou comandar o movimento de forma bastante negativa.
Após ter incitado a paralisação na última segunda-feira, Silveira, que também é dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) está sendo apontado como o principal responsável pelas 48 demissões ocorridas durante a greve.
Nas palavras do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco, Aluísio Aldo da Silva Júnior, as ações de Silveira foram um “desatino e uma irresponsabilidade”.
Na visão do procurador o movimento foi abusivo e, por isso, as demissões foram legítimas. “Em 20 anos eu nunca vi uma situação dessas. foi tudo muito atípico e equivocado”, complementou.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), Alberto Alves dos Santos, o Betão, disse que o acordo fechado ontem foi o possível. ‘Eles (os trabalhadores) foram vítimas da irresponsabilidade política de Moacir Paulino.
O que aparentava ser um movimento espontâneo depois descobriu-se ter sido provocado por ele, clandestinamente’, assinalou Betão.