Por Felipe Lima Especial para o Blog Não só de tecnologia viveu o movimento grevista dos trabalhadores do Estaleiro.

Alguns personagens se destacaram no corre-corre dos protestos.

Uns, infelizmente, de forma bastante negativa como o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Moacir Silveira.

Após ter incitado a paralisação na última segunda-feira, Silveira, que também é dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) está sendo apontado como o principal responsável pelas 48 demissões ocorridas durante a greve.

Nas palavras do procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho em Pernambuco, Aluísio Aldo da Silva Júnior, as ações de Silveira foram um “desatino e uma irresponsabilidade”.

Na visão do procurador o movimento foi abusivo e, por isso, as demissões foram legítimas. “Em 20 anos eu nunca vi uma situação dessas. foi tudo muito atípico e equivocado”, complementou.

Moacir que é ligado ao PCdoB envolveu-se até a última semana em uma disputa interna com o atual presidente do Sindicato, Alberto Alves dos Santos, o Betão, ligado ao PT.

Em meio a esse imbróglio, o procurador-chefe entendeu que os mais lesados foram os trabalhadores, incitados a aderir a um movimento desorganizado.

Claro que ninguém é tão ingênuo a ponto de arriscar seus empregos para seguir um líder sindical.

Porém, as atitudes de Moacir - que foi algemado e encaminhado a delegacia na segunda-feira e depois deu entrevista à TV Jornal e ao Jornal do Commercio como organizador do movimento - colocaram em risco o Natal de 48 famílias.

Foram quarenta e oito pessoas que viveram por cerca de 10 meses o “sonho do estaleiro” e que acordarão nos próximo dias ofegantes com o pesadelo do desemprego.