Ontem, eu perguntei ao juiz Nilson Nery se ele não tinha receio de ser acusado de parcial pelos petistas, como a promotora Andréa Nunes, vítima de uma campanha de difamação denunciada aqui no primeiro dia da operação da PF nos computadores da Secretaria de Educação.
Inicialmente, ele disse que era zero o receio.
Perguntei se ele então se achava corajoso. “Coragem,não.
Dever”, retrucou.
Ontem, informa a repórter Cláudia Vasconcelos, passado o impacto da notícia da cassação, a temperatura subiu no comitê petista.
A ordem era manter a cabeça erguida, com força total na campanha de rua.
Em cima do trio elétrico, a esposa do prefeiturável, Marília, e a presidente do PT municipal, Karla Menezes, puxaram o coro de “Madeira que cupim não rói”, de Capiba, enfatizando os versos “queiram ou não queiram os juízes/o nosso bloco é de fato campeão”.
Lamentável, mas condizente com a natureza de um partido com um viés profundamente autoritário.
No qual muitos militantes não admitem o contraditório, a opinião divergente, do tipo se não concorda comigo está contra mim.
Em suma, a democracia.
Juiz diz não ter medo de reação dos petistas.
Nem terminou o dia e ele já era alvo de ironias.