Marcos Toledo, Política/JC A repercussão na imprensa do processo que investiga o uso da máquina da Secretaria de Educação do Recife em favor do candidato João da Costa (PT) foi o principal tema explorado ontem pela propaganda gratuita da TV de Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB).
Edilson Silva (PSOL), primeiro prefeiturável a divulgar o processo, na semana passada, não se referiu ao assunto.
Tanto ele quanto Carlos Eduardo Cadoca (PSC), no entanto, não pouparam críticas à atual gestão.
Edilson pôs em dúvida a credibilidade das pesquisas de opinião e o social-cristão atacou as áreas de saúde, segurança e educação, que considera as de maior deficiência da Prefeitura do Recife nos últimos oito anos.
Em contraponto, o guia petista optou por repetir o passeio de João da Costa pelas vias do Recife – no qual mostra as realizações da atual administração e seus novos projetos para o trânsito da cidade – e fez uma revisão de suas propostas.
A diferença ficou por conta da edição do programa, que ganhou inserções de cenas da carreata do último domingo.
Os guias de Roberto Numeriano (PCB) e Kátia Telles (PSTU) reprisaram edições antigas, este último cortado bruscamente para dar espaço ao direito de resposta concedido pela Justiça Eleitoral ao governador Eduardo Campos em função de publicidade considerada ofensiva veiculada no último dia 15 no horário do PSTU.
Os programas do PMDB e do DEM adotaram um formato semelhante.
Na abertura trouxeram um prólogo com o qual mostraram a repercussão nos jornais do processo de investigação sobre o uso da máquina da PCR em favor do candidato petista. “A coligação Por um Novo Recife esclarece que desde o início desta campanha se manifestou sobre as denúncias do uso da máquina pública pelo candidato da prefeitura. (…) Aguardamos a decisão soberana da Justiça”, afirma o texto do guia de Raul Henry, que, em seguida, critica a falta de segurança na cidade e revisa a proposta do Compaz apresentando exemplos de centros de convivência em Foz do Iguaçu (PR) e em São Paulo.
Sob o mesmo modelo, o programa do DEM foi ainda mais duro. “Está nos jornais.
O processo eleitoral e a vontade do povo do Recife estão ameaçados pelo jogo sujo das forças poderosas para influenciar o resultado das urnas”, diz a narração.
Além de mostrar as reportagens na imprensa, o guia utilizou depoimentos da população nas ruas criticando o uso da máquina pública.
Em seguida, vieram repreensões a obras relacionadas ao trânsito da cidade e as propostas já apresentadas por Mendonça para esta área, agora melhor detalhadas pelo candidato.