O juiz Nilson Nery voltou a criticar a divulgação dos laudos da Polícia Federal por parte do DEM e PMDB/PSDB, no domingo.

No entanto, a sua entrevista nesta tarde deixou claro que não se tratava de parcialidade, como alguns poderiam ter pensado.

Nilson Nery explicou que, se dependesse de sua vontade, os autos continuariam indevassáveis até o dia 5 de outubro, dia da eleição no Recife.

Ele explicou que cabe a desembargadora Margarida Cantarelli tomar alguma providência quanto à iniciativa dos partidos, uma vez que foi ela quem deu liminar aos dois partidos, além do PSOL.

A rigor, quem se acha prejudicado por algum ato é que deve buscar a Justiça.

Não cabe a juiz fazer isto.

Ele só toma alguma decisão se provocado.

Do contrário, vira parte, o que não é admissível.

No novo reparo público, Nilson Nery deixou claro que a sua preocupação ocorreu porque, ao julgar, o magistrado leva em conta o conjunto das provas e não apenas parte delas, como antecipou o Blog de Jamildo ontem, com exclusividade. “A perícia é um instrumento, mas não é o único.

Posso pedir que se repita a perícia se achar que não prestou.

No entanto, a divulgação dos laudos em nada afetou meu julgamento.

Quem fez com esta intenção, não atingiu seu objetivo.

Não me senti tolhido ou influenciado pela divulgação.

Repito que a perícia é parte do processo.

Um terço vem das perícias, outro terço vem dos documentos que analisei e outro terço vem dos depoimentos que tomamos, em duas audiências”, frisou.

Midiático, Nilson Nery assinou a decisão na frente das câmaras, embora tenha dito logo no começo da entrevista que não era uma celebridade e que juíz é um servo da justiça.