Os grandes hospitais públicos do Recife voltaram a ser cenário de filas, reclamações e dificuldades hoje com o início da greve dos servidores da saúde, que deixou sem consultas os hospitais da Restauração, Getúlio Vargas, Agamenom Magalhães e Otávio de Freitas.

Ligados ao Sindicato dos Trabalhadores de Saúde e seguridade Social de Pernambuco (SindSaúde), enfermeiros, laboratoristas, pessoal de administração, auxiliares e técnicos de enfermagem protestam contra a criação pelo governo estadual de fundação público privada para gerir a saúde em Pernambuco.

A greve, por tempo indeterminado, foi decidida na semana passada, pouco depois dos médicos das emergências dos hospitais públicos encerrarem movimento demissionário que levou o caos à saúde pública durante cerca de dois meses.

Hoje, as emergências funcionaram normalmente, atendendo os casos de gravidade.

Sem o funcionamento dos ambulatórios, consultas e exames marcados não foram realizados nem houve novas marcações.

A estimativa da presidente do SindSaúde, Maria Perpétua Rodrigues, é de que 70% dos servidores aderiram à paralisação, que, segundo ela, também reivindica aumento do número de profissionais e melhores condições de trabalho.

No Hospital da Restauração, que atende a cerca de cem pessoas por dia no ambulatório, houve frustração e irritação de quem chegou cedo ou até dormiu na fila para ser atendido.

O serviço foi suspenso.

No Hospital Getúlio Vargas, pacientes que vieram em ambulâncias de municípios da zona da mata perderam a viagem.

Da Agência Estado