A política de Vitória de Santo Antão anda mesmo quente.
Tem direito até a cenas de pugilismo eleitoral.
No sábado, dois deputados estaduais com atuação no município, Aglailson Júnior e Henrique Queiroz (PP), chegaram a trocar tapas em uma avenida da cidade.
O curioso é que Henrique Queiroz chega a ser primo do pai de Aglailson, ex-prefeito da cidade e hoje candidato a uma vaga na Câmara Municipal. “O problema é que ele é um mal caráter”, diz o socialista.
Os dois prestaram queixa na delegacia de pólícia local e trocaram acusações públicas.
O deputado Aglailson Júnior, do PSB, aliado do governador Eduardo Campos, disse que Blog de Jamildo que vai pedir proteção de vida nesta segunda-feira na SDS.
Além da SDS, o deputado disse que há necessidade de convocar o MP e as forças federais para garantir a eleição, devido ao clima de acirramento. “Ele está com raiva porque vai perder a eleição.
Ele queria que eu e meu pai dessemos apoio para a sua candidatura a prefeito, dizendo que era a sua vez.
Então, ele colocou o filho dele para ser o vice do DEM, de Elias Lira, e está com um ódio mortal da gente”, declara. “Eles querem ganhar na violência.
Do jeito que estão fazendo, vai haver morte.
Eles estão dando tapa na cara de gente nossa aqui”, frisou. “Em 40 anos de campanha política, nunca se viu isto aqui.
Sempre houve respeito.
A gente batia nos adversários nos palanques (nos discursos).
Agora estão batendo com paus e pedras, literalmente” Aglailson contou que toda a confusão começou na tarde de sábado, em uma movimentada avenida no centro de Vitória.
Ele já estaria chegando em sua fazenda quando foi avisado que o deputado estaria retirando material de campanha do adversário com a ajuda de militantes.
Ele então voltou ao centro para averiguar, em companhia dos três filhos, de 13, 14 e 16 anos. “Meus capangas.
Já meu pistoleiro é Deus”, brinca.
Segundo o socialista, a única coisa que disse foi perguntar ao colega deputado que democracia era esta? “O que quer?”, teria sido a resposta, antes do atrito físico propriamente dito. “Ai, foi bofetada de lá e de cá.
Depois, eu fui agredido por umas 20 ou 30 pessoas que estavam acompanhando o deputado, como soldados aposentados da PM e pistoleiros que andam com ele.
Minha sorte é que apareceu um homem que depois eu soube que era policial em Chã de Alegria e apartou a briga”, conta, citando que está usando uma proteção especial para a coluna cervical depois das pancadas.
Em sites locais de Vitória, Henrique contou que Aglailson estava com dois capangas armados em seu carro no momento em que trocaram desaforos e em seguida murros.