Realmente, poucas pessoas gostariam de estar na pele do magistrado Nilson Nery nesta hora, pois sua decisão, seja qual forma, na semana que entra, irá agradar e desagradar muita gente.
Mas é este seu papel, soberano, na condição de julgador.
Desejo-lhe boa sorte.
Conversei nesta manhã com um importante promotor ligado ao PT sobre a polêmica no Recife em torno do processo judicial na Secretaria de Educação.
Eis um resumo, que publico por considerar elucidativo. “Não dá para tapar o sol com a peneira.
A regra geral, prevista na Constituição, é a transparência.
O segredo que deve existir é na fase de investigação, para não atrapalhar a busca de provas.
Não no processo.
O processo deve ser público.
Transformou em processo vira público”.
Busquei saber também sua opinião sobre a iniciativa do juiz eleitoral que decretou segredo de Justiça.
Eis a resposta, falando sempre em tese: “Sabe como são os nossos tribunais… É a política que define os novos desembargadores, os procuradores gerais, a escolha pelo 5º constitucional.
O grande risco é, neste ambiente, os juizes quererem fazer política.
A OAB tem um papel importante, no acompanhamento”