Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) ainda comemoram a divulgação do relatório da Polícia Federal (PF), que afirma que os equipamentos da agência não são capazes de realizar escutas telefônicas. “É fácil ver o sorriso nos rostos dos agentes hoje.
São agentes que sofreram muita pressão.
Essa situação deixa muita gente satisfeita”, afirmou ao Congresso em Foco um funcionário do órgão, que pediu para não ser identificado. “É um momento especial”, complementou.
Segundo ele, a divulgação desta quinta-feira (18) serve para corroborar com a posição de cautela que a Abin adotou desde quando foi divulgado o diálogo entre o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).
O laudo da Polícia Federal (PF) encaminhado ao Congresso afirma que os equipamentos utilizados pela Abin não podem realizar grampos telefônicos.
O novo relatório contradiz o que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, vem defendendo.
O ministro afirmou ontem (17) à CPI dos Grampos na Câmara que os equipamentos da Abin realizam interceptações telefônicas.
Ainda na quarta-feira (17), em depoimento à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência, o diretor-geral afastado da Abin, Paulo Lacerda, reafirmou que ninguém tem provas de que a agência foi responsável pelas escutas realizadas durante a Operação Satiagraha.
No início deste mês, a revista Veja publicou o diálogo entre o presidente do Supremo e Demóstenes, afirmando que o grampo havia sido realizado por arapongas da Abin.
Do Congresso em Foco