As secretarias estaduais de Saúde e de Administração informam que, após 10 dias de transtornos, a população volta, aos poucos, a contar com a capacidade total dos serviços de emergência.
Mesmo diante das limitações de recursos humanos, o Estado não poupou esforços e, com a ajuda das Forças Armadas, com a utilização de serviços particulares conveniados e com o compromisso dos médicos que se mantiveram nas emergências, pôde evitar mortes pela falta de atendimento.
Passados cerca de dois meses de negociação, começamos a vivenciar outro momento dentro da saúde pública, com uma oportunidade única de melhorar os serviços prestados aos pacientes do SUS.
O Estado assumiu um compromisso com a categoria e passará a pagar um dos melhores salários do Brasil para médicos da rede pública.
Até junho de 2010, a remuneração do médico plantonista sairá dos atuais R$ 2.900 e atingirá a R$ 5 mil - um incremento de 72,41%.
Já os médicos diaristas, que atualmente recebem R$ 1.900, passarão a ganhar R$ 3.060, o que representa um aumento de 61,05%.
Todos esses valores terão um acréscimo mínimo mensal de R$ 400,00 por produtividade.
Vale lembrar que, até 2007, os médicos recebiam um salário-base (sem as gratificações) de R$ 1,4 mil.
Além da questão salarial, que norteou a negociação, o Estado se comprometeu a reestruturar a saúde.
Antes mesmo de chegar a um acordo salarial, já havia apresentado um projeto de construção de 29 unidades de pronto-atendimento, para desafogar as emergências.
E vai melhor gerenciar as unidades hospitalares, sem jamais ferir a legislação do SUS, os direitos dos servidores e, principalmente, dos pacientes.
O Estado vem cumprindo sua parte.
Porém, sem a ajuda dos servidores todas as iniciativas tornam-se inócuas.
Os trabalhadores terão melhor remuneração e condições de trabalho, o que é muito justo.
A contrapartida em benefício da população é o cumprimento da carga horária, da freqüência, da produtividade e do bom atendimento aos pacientes.
Dessa exigência o Governo de Pernambuco não abre mão e se utilizará de todas as ferramentas para fiscalizar e cobrar dos profissionais.
Nesse sentido, conta com a colaboração do Cremepe, do Simepe e de outras entidades de classe, para que ajudem na conscientização ou correta penalização.