O gerente-executivo de Finanças da Petrobras, Pedro Bonésio, considera bastante razoável a ponderação do presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, de que o prolongamento da crise econômica gerada a partir do mercado imobiliário norte-americano possa vir a influenciar no andamento dos trabalhos de desenvolvimento dos campos do pré-sal.
Para ele, no entanto, o fato é que a demanda de recursos para o desenvolvimento da atividade de produção do pré-sal se dará mais à frente e que, para este ano, a estatal está “totalmente resolvida do ponto de vista dos investimentos e não haverá qualquer problema com relação aos recursos a serem investidos”.
Bonésio disse que a empresa só terá uma dimensão da necessidade de recursos e um cronograma claro de investimentos exigidos pelo pré-sal quando o Plano de Negócios da estatal para o período 2009/2020 for divulgado em outubro próximo. “Se a crise perdurar todo mundo vai ter que refazer seus portfólios e reavaliar seus planos, inclusive a Petrobras.
Mas como a demanda principal vai acontecer alguns anos à frente, a gente espera que até lá os mercados já tenham se recuperado", disse Bonésio.
O executivo disse que a Petrobras não está preocupada com a queda excessiva no preço de suas ações nas bolsas de valores, uma vez que não está nos planos da estatal, no momento, emitir ações.
Ele informou ainda que a empresa captou este ano cerca de US$ 7,2 bilhões em operações no mercado financeiro. “Está captação se deu de várias formas: via mercado de capitais, empréstimos bancários e também em project finance.
Foi uma capitação bastante bem dividida e que nos permite ficar fora do mercado neste momento de turbulência”, avaliou.
Sobre a queda do preço do petróleo no mercado internacional, Bonésio afirmou que ela ainda não afeta os investimentos da estatal e não inviabilizam economicamente as explorações de petróleo e gás natural na área do pré-sal.
Da Agência Brasil