A educadora e historiadora Ana Maria Araújo Freire, viúva de Paulo Freire, criticou a matéria Prontos para o século XIX, de Monica Weinberg e Camila Pereira, com colaboração de Camila Antunes e Marcos Todeschini, da revista Veja de 20/08.
Em carta, Ana Maria responde as ofensas a Paulo Freire.
A reportagem, que se manifesta contra a “doutrinação esquerdista” nas escolas, cita o educador como “autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização”, um dos “personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental”.
Para Ana Maria, as autoras, ao tentar tornar Paulo Freire “insignificante”, “vendendo força de trabalho (delas)”, engrandecem ainda mais o trabalho do educador brasileiro.
A historiadora diz que o objetivo das jornalistas é eliminar o pensar na formação da cidadania da população brasileira.
A viúva de Paulo Freite acusa ainda ideologia das jornalistas de ser neoliberal. “Com linguagem grosseira, rasteira e irresponsável, elas (…) falam em favor da ética do mercado, que tem como premissa miserabilizar os mais pobres e os mais fracos do mundo, embora para desgosto deles, estamos conseguindo, no Brasil, superar esse sonho macabro reacionário”, diz a educadora.
Veja O Comunique-se, até o fechamento desta edição, não conseguiu localizar as jornalistas para comentar as declarações.
Do Comunique-se Confira o especial multimídia do SJCC sobre Paulo Freire