Neste momento, os servidores da saúde estão reunidos com o secretário de Saúde e vice-governador, João Lyra Neto, na sede da SES.

A partir da próxima segunda (22), eles planejam cruzar os braços em protesto ao projeto de lei estadual que cria as fundações de direito privado.

A decisão foi anunciada na manhã desta terça-feira (16) em assembléia do Sindsaúde, que reuniu mais de 9 mil filiados no Estado.

Em Pernambuco, são cerca de 23,5 mil servidores.

A expectativa é que 80% do total dos trabalhadores paralisem as atividades.

No dia 24, haverá assembléia, às 9h, no Hospital da Restauração, para avaliar os dois dias de greve e definir os rumos do movimento. “Agora é tudo ou nada.

Temos que partir para a luta e não deixar que o Governo do Estado privatize a saúde porque é isso que eles querem fazer.

Nem se quer discutiram o projeto com a população”, disse a coordenadora geral do Sindsaúde-PE, Perpétua Rodrigues.

Segundo ela, as fundações vão piorar ainda mais o caos na saúde. “O Governo deixa de ser o único responsável pela saúde pública e transfere a sua responsabilidade para o setor privado; os hospitais públicos poderão fazer convênios para atender a planos privados de saúde e a população perderá o direito de fiscalizar o funcionamento das fundações e os recursos a elas destinados, já que acaba com o controle social dos Conselhos de Saúde”, explicou.

O projeto de Lei Ordinária Nº 686/2008 autoriza o poder executivo a instituir “Fundação Estadual de Assistência Hospitalar”.

Ele foi aprovado na Assembléia Legislativa e regulamentado.

O Governador tem 180 dias para sancionar o projeto. “A greve só termina com a revogação da lei”, afirmou Perpétua.

Com a greve, serão atingidos os serviços de ambulatório, como consultas e exames.