A Secretaria Estadual de Saúde repudia as declarações do advogado Marcone Dias, que representa o “Dr.

Fritz”.

Os hospitais da rede pública enfrentam muitas dificuldades e superlotação, quadro semelhante ao de outras unidades de saúde de outros estados por onde o médium já passou.

Mesmo em uma situação de crise, agravada pelo movimento demissionário dos médicos, os hospitais obedecem às normas sanitárias de esterilização dos materiais cirúrgicos, acondicionamento dos insumos, isolamento e climatização do ambiente hospitalar Em inspeção da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), o que se verificou no galpão onde o médium vinha operando foi um quadro de risco para os pacientes, como infecção, de má cicatrização, contágio de doenças sexualmente transmissíveis e hemorragias.

A visita dos técnicos sanitários constatou, entre os materiais que ainda seriam utilizados, agulhas com o lacre rompido, vestígios de sangue nos bisturis, limpeza de pinças e tesouras com uma mistura de água e álcool (quando deveria ser detergente enzimático).

A desinfecção também era feita em uma estufa sem termômetro, o que evita o controle da temperatura ideal para a limpeza.

As fotos mostraram gazes, algodão e outros materiais sem qualquer proteção – uma das fotografias exibe uma mosca em uma gaze.

Não havia, no galpão, pias ou água corrente para que o médium e sua equipe lavassem as mãos durante e entre os procedimentos. É importante deixar claro que é uma obrigação da Apevisa fazer este tipo de trabalho, puramente técnico.

Dessa forma, as condições básicas de estrutura e higiene para lidar com pacientes precisam ser detalhadamente averiguadas, sob pena de prejuízo para vidas humanas.