Os médicos residentes do Estado paralisam as atividades por 24 horas nesta quarta-feira (17), e realizam uma passeata de protesto contra as condições de trabalho.

O ato tem o objetivo de alertar para as desfavoráveis condições de funcionamento dos programas de residência.

Apesar das negociações avançadas entre o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) e o Governo do Estado, não está assegurado no acordo as reivindicações dos residentes.

Eles cobram: recomposição do corpo de preceptores dos serviços que abrigam residências, garantia de cumprimento de carga horária máxima de 60h (hoje os residentes trabalham até 80h), garantia de descanso pós-plantão e supervisão integral das atividades do residentes pelos preceptores.

Diversos programas de residência médica (que são especializações em serviço) estão hoje na iminência de serem fechados pela Comissão Nacional de Residência Médica, por não atenderem os requisitos mínimos para funcionamento.

Caso isso aconteça, o impacto na formação de especialistas em Pernambuco sofrerá uma revés com conseqüências imprevisíveis a médio prazo.

Os médicos residentes se concentram às 9h na frente do Hospital Oswaldo Cruz e, em seguida, caminham até a Secretaria Estadual de Saúde (SES).