O advogado Marcone Dias, que representa o terapeuta mineiro Kléber Aran Ferreira e Silva, entra nesta segunda-feira (15) com um requerimento à Justiça para que seu cliente volte a realizar atendimentos em Pernambuco.

Sobre o recurso, ele conversou nesta manhã com Geraldo Freire, da Rádio Jornal.

O advogado disse também que o Estado é o maior responsável pela procura das pessoas ao terapeuta. “É de ciência de toda a população, o estado de nojeira que se encontram os hospitais públicos daqui do Estado de Pernambuco.

E ai o Estado se silencia. É uma coisa a se buscar por que é que aquele pessoal está ali, desesperado, atrás do médium”, falou (ouça acima).

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) apreendeu, na última sexta-feira, os instrumentos cirúrgicos utilizados pelo médium, que afirma incorporar o espírito do médico alemão Dr.

Fritz, em intervenções no Clube Rodoviário, na Imbiribeira, Zona Sul do Recife.

Sem o material, os serviços foram suspensos.

O advogado falou também ao Jornal do Commercio. “Estou colecionando decisões de outros Estados, que, porventura, se assemelhem ao caso dele para requerer, nesta segunda-feira, a volta dos atendimentos”, explicou o advogado. “Nunca houve impedimento, prisão ou processo que apontasse estelionato”, afirmou.

Uma secretária que atendeu o telefone celular de Kléber Aran, sem identificar-se, disse que o médium não estava em condições de falar. “Ele está um pouco abatido com a situação.

Os atendimentos estão suspensos.

Só podem ser retomados com a autorização da Justiça”, disse a mulher.

Mais de dez mil pessoas foram assistidas por “Dr.

Fritz” na capital pernambucana, desde o dia 31 de agosto.

Técnicos da Apevisa afirmaram que as condições de higiene do ambiente eram inadequadas e apresentavam risco à saúde.

Foram apreendidas 557 agulhas comuns, 22 pinças, oito bisturis e três tesouras de costuras utilizadas nas “cirurgias espirituais”.

Todo o material será encaminhado nesta segunda-feira ao Instituto de Criminalística (IC).

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