Os parlamentares seguiram do HGV direto para o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), onde se reuniram com o presidente, Antônio Jordão, o diretor Ricardo Paiva e o vice-presidente do Cremepe, André Longo.

Todos eles disseram que a categoria quer dialogar com o Governo, mas não abre mão da isonomia salarial e da melhoria das condições de trabalho. “Tivemos embates no governo passado, mas nunca uma negociação foi fechada e, neste caso, passamos mais de 70 dias sem conversar”, lamentou André Longo.

Segundo ele, o Governo começou errando ao conceder aumento unicamente aos neurocirurgiões, em setembro do ano passado, o que revoltou os demais plantonistas. “Em junho deste ano, nos fizeram uma proposta de aumento para 800 plantonistas, deixando 1.700 de fora, ou seja, queriam criar três níveis de profissionais”, observou.

Há alguns dias, após intervenção de várias entidades para debelar a crise, o Ministério Público entrou como intermediário e apresentou uma proposta ao Governo para um aumento escalonado até 2010, com salário base de R$ 3.060,00. “A proposta foi encaminhada pelo MPPE sem avaliação e aprovação da categoria, que não a aceitou.

Apresentamos proposta de reajuste de 20% em setembro deste ano, 20% em dezembro de 2008 e 20% em junho de 2009 e o governo rejeitou.

Mas só o aumento não basta.

Também temos como fundamental a melhoria das condições de trabalho, pois os médicos estão abandonando o serviço público e vão continuar abandonando mesmo com melhores salários, se a situação não mudar”, explicou Jordão.