Em entrevista coletiva, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou há pouco que os consumidores de gás no Brasil não serão prejudicados com a crise do setor energético da Bolívia.
Segundo Lobão, a “pequena interrupção” do fornecimento de gás boliviano já está administrada, e a situação estará normalizada em “dois ou três dias”.
Segundo o ministro, o déficit de gás atingiu ontem (10) três milhões de metros cúbicos (m³).
Na manhã de hoje (11), a situação se agravou e a interrupção temporária no fornecimento impediu o recebimento de quase 15 milhões de m³. “Mas agora [a situação] está quase que totalmente restabelecida”, tranqüilizou Lobão, informando que as válvulas das empresas fornecedoras já foram religadas e o fluxo de gás já é quase completo.
Na madrugada desta quinta-feira (11), um incidente em um dos principais gasodutos da Bolívia reduziu pela metade o fornecimento de gás ao Brasil.
Segundo o consórcio Transierra, responsável pelo gasoduto e do qual a Petrobras faz parte, duas válvulas de segurança foram manipuladas, o que obstruiu totalmente o envio de gás. “Atualmente, desconhecemos a forma como se efetuou essa manobra e se há danos.
Já mobilizamos pessoal para tomar as medidas necessárias”, diz em nota o consórcio.
Ontem (10), uma explosão na área do gasoduto reduziu em cerca de 3 milhões de metros cúbicos diários o fornecimento de gás ao Brasil.
Apenas com esse corte, o prejuízo para os cofres bolivianos é orçado em US$ 8 milhões diários.
Especula-se que o incidente tenha sido provocado por insurgentes locais.
Segundo o consórcio, até a madrugada de hoje (11), em razão das chamas, o acesso ao local para avaliação dos possíveis danos ficou totalmente inviável.
Técnicos de ambos os países esperam o resfriamento total das válvulas para realizar os reparos.
Lobão afirmou que, no máximo até amanhã (12), a válvula estará “totalmente recomposta”.
Do Congresso em Foco