Leia entrevista realizada pelo repórter Wagner Sarmento, publicada no JC de hoje.
O terapeuta Kleber Aran Silva, que diz invocar o espírito do médico alemão Dr.
Fritz, fala que não quer afrontar a medicina.
JC – Como começou tudo isso?
Kleber Aran - Eu sou paranormal de infância.
Minhas manifestações começaram aos 4 anos de idade.
Eu entortava garfos e quebrava copos sem tocá-los.
Também via espíritos e conversava com eles.
Minha família era evangélica e não entendia bem isso.
Eu também, no início, não compreendia, até que, aos 17 anos, conheci o espiritismo.
JC – Quando você incorporou Dr.
Fritz pela primeira vez?
Aran - Em 1997, quando visitei hansenianos no município de Anápolis, em Goiás.
Uma semana antes, tive sonhos de uma guerra, onde Dr.
Fritz apareceu para mim.
Eu já trabalhava com cura, mas nunca tinha utilizado bisturi ou qualquer outro instrumento cirúrgico, porque tenho pavor de sangue.
Só usava algodão e imposição das mãos.
Mas, quando recebi o espírito, Dr.
Fritz puxou um rapaz na fila, introduziu uma lapiseira em sua barriga, retirou um tumor e colou a pele com os dedos.
JC - Qual a sensação ao saber que você estava incorporando o espírito de Dr.
Fritz?
Aran - No começo, eu não aceitava, por conta das mortes trágicas de José Arigó e Édson Queiroz.
Achava que havia uma maldição com quem encarnava essa entidade espiritual.
Mas o espírito não tem nada a ver com o médium que o incorpora.
Passei a amar Dr.
Fritz.
Sou feliz.
Tenho uma missão.
JC – Dr.
Fritz cura tudo?
Aran - Dr.
Fritz não é Deus, mas um enviado divino.
Tudo é uma permissão de Deus.
Todas as religiões têm relatos de curas impossíveis e milagres.
Quando há um problema de carma, não tem jeito.
Se for apenas físico, conseguimos a cura através da fé.
A energia do Dr.
Fritz vai através da agulha e neutraliza a doença.
JC – Você tem enfrentado muita resistência?
Já foi chamado de charlatão?
Aran - Sempre.
Mas é muito fácil criticar e não ver a realidade do nosso trabalho.
O que fazemos é caridade.
Fazemos ao vivo, de forma transparente, não temos o que esconder.
Isso incomoda.
Não queremos afrontar a medicina, mas mostrar nosso trabalho espiritual.