Caro jornalista Jamildo.

Sou médico diarista e preceptor da residência em clínica médica do Getúlio Vargas.

Amanhã (hoje, quarta), os membros dessa clínica estaremos entregando nossa carta de demissão. É óbvio que essa situação é indesejada.

Nenhum de nós que presta serviço como orientador de jovens médicos e estudantes trabalha pelos magníficos 1400 reais.

Porém a situação está insustentável.

A maneira truculenta como o governo vem tratando o movimento, que começou com tentativas de negociação em maio de 2008, graças ao governo, que considerou os neurocirurgiões como acima da classe, transformou-se num divisor de águas.

A saúde desse Estado não será a mesma após o movimento.

Gostaria portanto de sugerir que esse meio tão democrático que é o JC, questione onde está o excelentíssimo governador que não se pronuncia num momento de tamanha gravidade?

Onde está a ALEPE e sua comissão permanente da saúde que não tentam intermediar novas negociações?

Onde estão a OAB, CNBB, TJPE? É preciso que o Governo retome as negociações, que pareciam ter bom encaminhamento, já que não havia grande diferença em termos percentuais, faltando só uma resposta da FUSAM a respeito da contraproposta de redução de prazos para o aumento.

Frederico Ramos