Veja nota do Simepe: Continua o impasse nas negociações entre médicos e o Governo de Pernambuco.
O movimento completou quatro meses sem nenhuma proposta que contemple os médicos em relação à isonomia salarial e condições de trabalho, principais reivindicações da categoria.
Cerca de 200 médicos que completaram 30 dias de “aviso prévio”, como foi aprovado em Assembléia Geral, começaram a deixar neste final de semana as grandes emergências da rede pública.
Nos próximos dias, mais 300 profissionais deverão se afastar de seus postos de trabalho.
Hoje, os hospitais estão superlotados de pacientes graves.
Muitos poderão morrer ou ficar com seqüelas irreversíveis.
A crise é sem precedentes na história da medicina de Pernambuco.
Não existe solução por parte do Governo Estadual que apresenta apenas paliativos, numa tentativa desesperada de esconder para a opinião pública a verdadeira crise na saúde em Pernambuco.
E o mais grave: estão escalando médicos não especialistas e sem experiência nas emergências dos hospitais públicos para atender, principalmente, os casos de cirurgias.
A população encontra-se sob risco.
O caos na saúde não é divulgado.
Quem vai fiscalizar o que acontece e o que deveria ser feito para socorrer as pessoas que não têm plano de saúde?
Os médicos estão sendo intimidados pelo Ministério Público, que mesmo além de delegados de Polícia, sem base legal querem obrigar os profissionais a trabalharem em plantões estressantes e com escalas incompletas.
Sem contar a falta de leitos e para onde encaminhar os pacientes.
Crise na saúde - As recentes declarações do secretário estadual de Saúde, João Lyra, que a situação está normal nas emergências do Estado não traduzem a realidade.
A crise continua instalada.
Por exemplo: os pacientes da cirurgia vascular e ortopedia que estão na emergência do Hospital Getúlio Vargas (HGV) sem assistência dentro desse serviço.
O Governo do Estado não mandou nenhum especialista até o momento resolver o drama dos pacientes, nem os transferiu.
A verdade vem sendo maquiada, numa tentativa desesperada para esconder o caos para a opinião pública.
Os médicos que completaram, 30 dias estão sem poder sair do serviço.
Não há substitutos.
A situação é precária.
O HGV não tem cirurgião vascular, apenas um cirurgião geral, cinco clínicos e dois clínicos da Marinha que vieram apenas evoluir o box, o corredor não.
Hospital da Restauração (HR) é o único que tem ortopedia, mas não está recebendo mais pacientes mesmo com a senha da central de leitos.