Para “salvar o planeta” e garantir um futuro melhor para filhos e netos, empresas de vários segmentos buscam soluções, visando diminuir o impacto de suas atividades na natureza.

Essa nova forma de ver o mundo vem mudando comportamentos e criando novas opções de uso para materiais considerados, anteriormente, lixo.

Unindo essa nova ótica ao conceito de uma empresa socialmente responsável, a empresa pernambucan Lixiki juntou a reutilização de material de descarte com um processo produtivo descentralizado, que ocorre em comunidades do Recife.

Os produtos desenvolvidos tem quatro linhas distintas: Fashion, Promo, Office e Décor, além da Lixiki oferecer serviços como decoração de espaços internos e públicos, cenografias, oficinas de reutilização e projetos especiais para empresas.

A estrutura é simples, com uma pequena equipe, além das duas sócias, Ana Borba e Ana Lins.

A Lixiki ainda presta serviços de desenvolvimento de elementos e projetos de ambientação interna e externa, voltadas para promoções e eventos. É essa parte da empresa que é responsável pela ambientação e decoração de shoppings e praças em datas festivas, além de stands em feiras, como recentemente na SuperMix, para o Papa-Vidro, programa de reciclagem de vidro da CIV, empresa do Grupo Cornélio Brennand.

Na regra dos “3Rs”, reduzir, reutilizar e reciclar, a reutilização é um bem ambiental que vai além da reciclagem. “Para nós, o resíduo é matéria-prima em seu estado original, sem que seja necessário passar por nenhum processo industrial, que é o caso da reciclagem, sem contar que reutilizamos também materiais não recicláveis, a exemplo da lona de campanhas publicitárias, alguns tipos de vidro, discos de vinil, CDs e outros”, diz Ana Borba. “A empresa foi concebida para ter seu processo fabril descentralizado, ou seja, a produção acontece nos grupos de trabalho das comunidades.

Para isso, Ana Borba selecionou e capacitou associações de moradores em várias comunidades do Recife”, esclarece Ana Lins.

Com esse modelo operacional, as sócias geram emprego e renda no local de moradia das pessoas.

Várias lojas dos segmentos de moda e decoração já incorporaram a idéia de trabalhar com produtos da empresa.

A Misancene, loja de roupas e decoração no Espinheiro, está comercializando uma linha de bolsas voltada para um público “descolado”.

Já a Avesso, da empresária Cris Pontual, além de comercializar bolsas retornáveis em diversos tamanhos, ainda está desenvolvendo uma linha de carteiras e cintos femininos exclusiva para sua loja.

A Casapronta disponibilizará dois modelos de luminárias manufaturadas a partir de garrafas PET.

Na Maria Casa, localizada no Shopping da Decoração, em Boa Viagem, podem ser encontradas bolsas retornáveis de compras em três tamanhos (super saco, midi e mini), além de nécessaires, blocos e artigos da linha Office. “A idéia de trabalhar com lixo é fantástica. É importante incentivar empresas com esse caráter sócio-ambiental e que possuem um produto de qualidade”, afirma Cristina Johnson.

Muito boa a idéia.

Deve ser apoiada e ampliada.