Foi o seu dia do fico.
O candidato a prefeito do PSC, Cadoca, teve uma conversa de 20 minutos com o presidente Lula e disse ao presidente que permanece na campanha.
Consta que o presidente agradeceu o apoio do aliado e explicou porque teve que gravar imagem para o petista João da Costa.
A explicação mais pragmática para não aceitar o pedido do presidente para renunciar em favor de João da Costa e tentar liquidar a fatura no primeiro turno é a seguinte: sair seria terrível para seu nome e os candidatos proporcionais de sua coligação.
Veja o que publicou hoje a editoria de política do JC Cadoca nega a hipótese de renúncia Da Editoria de Política Às vésperas do encontro reservado que terá hoje com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Brasília, o candidato do PSC a prefeito do Recife, Carlos Eduardo Cadoca, fez questão de negar ontem a possibilidade de renunciar para apoiar o candidato do PT, João da Costa, em uma estratégia que asseguraria a vitória do petista no primeiro turno.
O ex-secretário de Planejamento Participativo do Recife está crescendo nas pesquisas, afastando-se do segundo colocado, o ex-governador Mendonça Filho (DEM).
Cadoca está estacionado na terceira posição. “Estou cumprindo minha agenda normalmente e tenho compromisso com meus candidatos a vereador”, frisou.
Elogiando a postura do presidente, Cadoca ressaltou que não tinha queixas contra ele, que estaria sendo “imparcial”.
Citou como exemplo o fato de Lula ter gravado o depoimento para o guia de João da Costa quando esteve no Recife na sexta-feira (05), mas que, até o momento, não foi veiculado nem no programa da própria sexta nem nas inserções.
A expectativa é que o testemunho do presidente apareça na TV hoje, no guia majoritário.
Apesar dos boatos de ontem, Cadoca afirmou que não faria nenhum tipo de observação sobre a reunião com Lula para não ser deselegante. “Estou atendendo a um convite honroso.
O presidente me ligou na sexta (5).
Iríamos conversar aqui.
Ele, no entanto, me chamou a Brasília.
Lula está sendo correto com a base.
Gravou para João da Costa, mas não foi para o ar.
Isso tem um significado”, justificou.
Para mostrar que não está desestimulado, alertou que estava fazendo campanha em uma “área adversa”, referindo-se à caminhada de uma hora na Vila Arraes, comunidade da Várzea, Zona Norte do Recife. “O candidato do prefeito (João Paulo) entrou forte aqui.
Vim para o combate.
Tenho que andar onde não estou bem”, afirmou.
A reportagem do JC conferiu a forte atuação do PT na área.
Várias casas tinham fotos de João da Costa.