O Procurador-Geral de Justiça do Estado, Paulo Varejão, anunciou agora há pouco, em uma entrevista coletiva, que vai encaminhar processos criminais contra os médicos, se alguém morrer em função dos problemas verificados nas emergências, com a entrega de cargos.

Varejão mostrou-se profundamente indignado com o insucesso nas negociações. “Me sinto como um palhaço.

O Ministério Público foi feito de palhaço.

Eles não queriam negociar.

Não queriam resolver.

Só queriam nos usar”, afirmou.

Varejão afirmou que o movimento era político. “É político sim.

Em cima de cadáveres, por causa das eleições municipais.

Qual a razão para isto ocorrer só agora?”, questionou.

O dirigente do MP ficou mais mordido quando o repórter João Valadares, de Cidades, perguntou o que ele achava de os médicos dizerem que ele não era um negociador e sim um porta-voz do governador Eduardo Campos. “Teria muito prazer de ser porta-voz de um governo que está querendo acertar na área de saúde.

Sou representante do MP no Estado e não devo satisfação a ninguém”, disse.

Quando perguntado qual a ação anterior do MP em favor da saúde, Varejão pediu ao repórter que perguntasse aos promotores.

Pois não lembrava na hora.