Uma das informações que mais causaram surpresa no encontro entre os deputados e o secretário de Saúde foi a revelação de que o Hospital da Restauração consome R$ 101 milhões por ano, o que dá algo em torno de R$ 4 milhões por mês.

Na verdade, o dado não era novo.

Já havia sido antecipado por Inaldo Sampaio, aqui no JC.

Novo foi a contextualização.

Lyra informou que não há controle, os gastos são feitos sem supervisão da secretaria. “O dinheiro é transferido e não há vinculação alguma com a secretaria.

Há 40 anos é assim.

E o HR não tem um quadro qualificado para tomar conta do hospital”, informou.

Do valor citado, Lyra disse que R$ 53 milhões são gastos com a folha de pessoal e R$ 48 milhões com custeio.

Foi mais enfático nesta hora: “Não se admite hospital com aquela gestão para cuidar dos equipamentos elétricos e hidráulicos.

Hoje, por exemplo, só há 48 computadores, que não estão nem online.

Há uma previsão de que sejam necessários até 250 computadores com rede online, conectados à secretaria de saúde”, afirmou.

Com o objetivo de mudar este quadro, é que o secretário João Lyra diz que, nas fundações, haverá pelo menos quatro cargos de supervisão, com diretores administrativos financeiros, de suprimento, de manutenção e gestão médica.

Segundo o secretário, no Hospital Regional do Agreste não é diferente. “Não há um cadastro. É tudo com ficha manual e a gente depois que se vire para receber do SUS, comprovar os gastos”.

Na mesma linha, Joçao Lyra disse que a secretaria tem, em uma sala, 32 servidores para apenas quatro computadores.

Detalhe: nenhum deles é em rede.