O presidente do Senado, Garibaldi Alves, afirmou à imprensa, pouco depois de deixar o Palácio do Planalto, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou “grave” o caso da escuta telefônica do presidente do Supremo Tribunal Federal e vai “tomar uma providência”.
Segundo Garibaldi, o presidente só realizará uma reunião interna com seus assessores antes de anunciar qualquer medida.
Garibaldi foi recebido pelo presidente acompanhado dos senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Tião Viana (PT-AC), que também teriam tido conversas gravadas pelo grampo Abin.
Eles discutiram as denúncias publicadas pela revista Veja desta semana, de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria feito escutas ilegais de chefes dos poderes Judiciário e Legislativo, além de senadores de vários partidos políticos.
Parciparam da reunião o vice-presidente da República, José Alencar, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Jorge Félix.
Pela manhã, Garibaldi havia dito, em entrevista, que “se medidas não forem tomadas”, uma Comissão Parlamentar de Inquérito pode vir a ser instalada para investigar o caso.
Ele afirmou que o chefe do Executivo tem papel decisivo no sentido de agastar qualquer possibilidade de que funcionários do governo sejam capazes de tomar esse tipo de atitude.
Para Garibaldi, é urgente o estudo de providências legais para impedir o prosseguimento desse tipo de ação que, em sua opinião, fere o Estado democrático de direito.
Da Agência Senado