O vice-governador e secretário estadual de Saúde, João Lyra Neto, e o secretário de Administração, Paulo Câmara, acabam de convocar uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, às 14h30, na sede da Secretaria Estadual de Saúde.

Eles falarão sobre o projeto das fundações e a recusa, da diretoria do Sindicato dos Médicos, em retomar as negociações com o Governo.

No dia de ontem, o secretário Paulo Câmara disse ter consciência de que a reivindicação é fruto de uma pressão salarial, mas o Governo não tinha condições de atender a todos os pleitos e que acataria as demissões.

O Governo também disse ter condições de chegar a um acordo com os médicos, mas necessitaria de tempo para isso e de mais diálogo com seus representantes. “Por esta razão conta com a participação de seus representantes em mais uma reunião da Mesa Geral de Negociação”.

Ainda segundo Câmara, Pernambuco investiu, somente no ano passado, 14,25% do orçamento do Estado em Saúde, o que representa R$ 71,5 milhões a mais do que em 2006 e, pela primeira vez na história, superou o percentual mínimo de 12% que a lei determina.

Sobre a proposta de reajuste salarial da categoria, o secretário advertiu que ela fere o acordo firmado em 2007, implicando em um incremento mensal de R$ 26 milhões na folha de pagamento da Secretaria de Saúde, que hoje é de R$ 16 milhões, representando um aumento de 162,5%.

Quanto ao novo Projeto de Gestão para a Saúde, o secretário reforçou que se trata de um trabalho sério que levou mais de 20 anos de estudos por parte de diversos especialistas de todo o País, inclusive com implantação em outros estados como Sergipe, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. “O projeto trará mais agilidade para a saúde pública.

Não é privatização”, frisou.