O presidente Luiz Inácio Lula da Silva refirmou hoje (28), em discurso para os integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que a reserva de petróleo da camada pré-sal, na Bacia de Santos, “é um passaporte para o futuro”. “Se os recursos do pré-sal forem aquilo que imaginamos, o Brasil dentro de alguns anos se transformará num grande produtor mundial de petróleo”, afirmou.
O presidente disse que fez apenas três recomendações à comissão interministerial criada para estudar a forma de exploração e comercialização da reserva petrolífera: que o Brasil não se torne apenas um exportador de óleo cru, mas que se consolide como indústria petrolífera; que as reservas beneficiem todos os brasileiros e que não se pode ainda gastar os recursos com a exploração que ainda não começou.
A comissão entregará ao presidente, no dia 19 de setembro, um estudo sobre o assunto, que servirá de base para a discussão com a sociedade.
Lula fez um balanço dos investimentos governamentais em diversas áreas, e ressaltou a indústria naval. “No início da década de 80, ela [indústrias naval] era a segunda do mundo, com 36 mil trabalhadores.
Aí inventaram que não tínhamos competitividade e que era mais barato comprar navios lá fora.
Resultado, em pouco tempo nossos estaleiros foram à pique.
Na virada do século, empregavam menos de dois mil trabalhadores.
Hoje já contamos com quatro plataformas e vamos contar ainda com mais oito.
Finalmente recuperamos a indústria naval brasileira”.
Com relação à indústria automobilística, o presidente destacou que o Brasil passará a ser “o quinto ou o sexto” na produção de automóveis do mundo, lembrando que o país este ano produzirá cerca de 3,5 milhões de automóveis.
No setor de siderurgia, Lula disse que a idéia é dobrar a produção de aço em seis anos; no setor de petróleo, implantar, até 2010, cinco novas refinarias. “Nos próximos anos, ainda sem incluir a exploração e a produção no pré-sal, a Petrobras pretende investir US$ 19,5 bilhões por ano, um salto simplesmente espetacular em relação à década passada”, afirmou.
Da Agência Brasil