No mesmo dia em que o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Seguridade Social de Pernambuco (Sindsaúde) repudiou a atitude do governo do Estado, que conseguiu aprovar na Assembléia Legistaliva (Alepe) projeto de lei que cria fundações para gerir os hospitais, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) também se posicionou contra à privatização da saúde no Estado.

De acordo com Silvio Rodrigues, vice-presidente do Simepe, a entidade sempre foi contra à criação das fundações, já que, segundo ele, a nova estrutura comprometerá ainda mais a situação da saúde pública. “Com a criação dessas fundações, toda a valorização da carreira de médico no Estado vai acabar.

Isso é um risco que vai agravar ainda mais a saúde em Pernambuco”, afirma.

Com a decisão do governo de criar as fundações, o Simepe pretende, a partir de agora, mobilizar todas as entidades ligadas à área da saúde no Estado para se contrapor ao projeto. “Todas as entidades sindicais e movimentos populares são contra essa proposta.

A gente quer uma solução para o sistema estadual de saúde.

A gente não quer aberturas administrativas”, diz Silvio Rodrigues.

Na tarde de hoje, o site do Sindsaúde (reprodução acima) trazia estampado em sua página inicial um texto informando aos servidores sobre a decisão do governo de criar as fundações. “Governo que se diz democrático encaminha projeto de lei sobre as fundações estatais de direito privado.

Vejam só servidores da saúde o que Eduardo Campos está fazendo”, afirmava o texto.

No mesmo informe, o site do sindicato traz ainda: “Não podemos deixar o governo, que se diz do povo e transparente, entregar os serviços de saúde pública às fundações estatais de direito privado.

Vamos continuar a luta em defesa do SUS.

Saúde pública de qualidade já”.

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