Nesta quarta-feira, o candidato do PDT em Jaboatão dos Guararapes, Paulo Rubem, fez uma visita surpresa ao Aterro Sanitário da Muribeca.

Ele vai aproveitar para expor a situação dos catadores para o ministro Carlos Lupi, do Trabalho.

Segundo a Associação dos Catadores da Muribeca, são 5.000 profissionais que estão numa situação de completa penúria depois que a Prefeitura de Jaboatão passou a proibi-los de ter acesso ao lixo que chega da cidade.

O deputado encaminha ainda hoje pedido de informações solicitando o contrato que foi firmado entre a gestão Newton Carneiro e um grupo privado que administra o Aterro que recebe os caminhões de lixo do Município.

Os trabalhadores reclamam que, além de ter havido a diminuição da quantidade de material que é levado para o antigo Lixão da Muribeca, eles sofrem com o gradual fechamento da localidade sem ter recebido explicações. “Eles estão ameaçando fechar a área das Coletas Especiais no próximo dia 2, mas nós não temos para onde ir e nos outros depósitos não deixam a gente entrar.

Queriam parar o Lixão todo, mas a gente não aceita”, diz a trabalhadora.

Na visita, foi flagrada a presença de crianças no ambiente completamente insalubre. “Isso é mais um crime contra a infância de Jaboatão”, disse o pedetista, se referindo a situação de JJS (13 anos), estudante da Escola Medalha Milagrosa, que disse não ter tido aula e por isso foi ajudar a irmã a catar material reciclável na área das Coletas Especiais. “Aqui tem muita ôia (comida)”, sorri o menino, que diz gostar de ir para o Aterro.

O depósito recebe justamente o material que vem de supermercados e hospitais.

Ele diz que ganha cerca de R$ 15 por dia de trabalho, mas jura que só está ali porque a professora faltou e, por isso, não teve aula em sua escola.