No primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura do Recife, em um calorento e lotado auditório da Católica, os ânimos ficaram a mil por hora do começo ao fim.
Pela tensão do momento que reunia os sete numa só mesa e principalmente pela contribuição de inflamadas militâncias.
Jovens de filiações partidárias distintas utilizaram-se constantemente de musiquinhas maliciosas para desmoralizar os oponentes.
O petista João da Costa teve que ouvir gracinhas, como “Mangueira, Mangueira” ou “au, au, au, Polícia Federal”.
A primeira faz referência ao dinheiro gasto pela PCR com o bloco de Carnaval carioca, e a última, sobre as investigações de uso da máquina pela PF.
Os jovens lembraram o jingle “Recife é festa, Recifolia”, ao final de um dos discursos de Cadoca.
Bem humorado, ele voltou ao microfone e disse baixinho “é bom que dá emprego”.
O Carnaval fora de época foi projeto do social-cristão.
Contra Mendonça Filho, nenhuma canção específica, mas gritos e interrupções constantes de petistas.
De tão exaltados, teve militante da Frente do Recife que quase partiu para a briga com jovem democrata.
Raul Henry, Kátia Telles, Numeriano e Edilson ficaram de fora da maior parte das provocações.
O evento teve ainda a participação inusitada de uma estudante da universidade.
Maria das Graças Carneiro da Cunha fez um espetáculo à parte, questionando candidatos sobre a redução da maioridade penal em meio ao debate.
O tumulto foi geral.
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