O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), admitiu hoje (21) pela manhã que emprega um parente em seu gabinete.

Mas, com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar o nepotismo inconstitucional, ele afirmou que vai dispensar o sobrinho Carlos Eduardo Alves, que ganha R$ 5 mil por mês. “Eu vou ter de dispensar um parente meu que trabalha no gabinete e não sei da repercussão em outros gabinetes de senadores.

Na verdade, não esperava que a decisão a ser adotada tivesse a amplitude que teve.

E agora é cumprir a decisão do judiciário deve ser cumprida e também aguardar os desdobramentos de como se deve proceder para cumpri-la através da súmula que será publicada.” Garibaldi afirmou que o Senado fará um levantamento dos familiares de senadores que trabalham na Casa para cumprir a decisão do STF.

Como mostrou o Congresso em Foco, o mulher do diretor-geral, Agaciel Maia, é sua subordinada e é responsável por todo setor de estágios da Casa.

O presidente disse que está mandando telegramas aos senadores para aparecerem no plenário semana que vem e votar seis medidas provisórias que trancam a pauta.

Apesar disso, ele destacou que a Constituição permite uma licença de 60 dias aos parlamentares antes das eleições.

O senador Tião Viana (PT-AC) consultou a Comissão de Constituição e Justiça para saber se era possível fazer isso neste momento.

Garibaldi evitou comentar as denúncias envolvendo o primeiro secretário, Efraim Morais (DEM-PB), que é sócio de um lobista acusado de participar de fraudes em licitações no Senado.

O presidente se limitou a reproduzir encontro que teve ontem à noite com o corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), em que o senador pediu para fazer um relatório mais aprofundado sobre o caso até quarta-feira da semana que vem (27).

Do Congresso em Foco