O prefeito de São Joaquim do Monte, Zé Birro (PDT), negou ter realizado qualquer movimentação financeira com dinheiro do Fundeb (programa federal para estímulo à educação) para pagamento de contas pessoais, apesar de extratos e documentos bancários afirmarem o contrário.
Zé Birro disse que vem sendo freqüentemente atacado por adversários políticos, que chegam, inclusive, a envolver sua família. “Já falaram até da minha filha e do meu pai falecido”.
A transferência para contas pessoais, segundo ele, “nunca aconteceu.
Essa denúncia é de quem está derrotado, estão apelando para tudo, para desespero meu”, disse.
O prefeito justifica que os adversários temem sua popularidade. “Ontem fiz uma caminhada na cidade e me surpreendi com a quantidade de pessoas e com o apoio que tenho”.
Sobre o vaqueiro Lourival Ibiapino, um dos beneficiados em transferência bancária com dinheiro do Fundeb, Zé Birro disse que perdeu o contato com o peão. “Ele é vaqueiro de Ivan Nunes, empresário de Caruaru.
Tenho uma fazenda em Agrestina, mas só tem uma pessoa trabalhando lá”, alegou.
O prefeito e candidato a reeleição Zé Birro disse ainda que confia no trabalho da Polícia Federal e Tribunal de Contas do Estado, e, apesar dos extratos e documentos comprometedores, sairá dessa ileso. “Se foi denunciado, será investigado e a verdade vai aparecer”.
O prefeito deverá contratar um advogado para se defender das acusações.
Para entender o caso: Mais cedo, os opositores do prefeito chegaram ao Recife com gosto de gás para denunciá-lo ao TCE, MP, TCE e visitaram o Blog e o Jornal do Commercio, acusando Birro de ter desviado dinheiro das contas da prefeitura para contas correntes de parentes, como seu irmão, sobrinho e até para o vaqueiro de sua fazenda.
O interessante desse caso é que o prefeito teria feito tudo isto por intermédio de “ofício/carta” enviadas para a agência do Banco do Brasil da cidade.
Há até protocolo do recimento, conforme galeria reproduzida pelo Blog mais cedo.
Segundo a denúncia, Birro, juntamente com seu secretário de Finanças, assinava as cartas e pedia a transferência de dinheiro da conta movimento da Prefeitura, com dinheiro vindo do FUNDEB, para as contas correntes do seu irmão, sobrinho, para um ex-vaqueiro.
Tudo do mesmo modo.
As transferências de dinheiro eram feitas sem que tivesse sido escrito nestes ofícios nenhum motivo sequer.
Como o caso envolve verba federal, os adversários foram até a Polícia Federal, além do Ministério Público do Estado (Procurador Geral de Justiça), Tribunal Regional Federal, Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, para formalizar denúncia e apresentar a notícia-crime nestes órgãos.