Durante a sessão dessa quarta-feira (20) da CPI dos Grampos, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Lacerda, criticou a falta de isenção jornalística da Veja.
Lacerda citou reportagem publicada pela revista que acusa a Abin de monitorar clandestinamente o gabinete do presidente do STF, Gilmar Mendes.
O diretor-geral desafiou os repórteres a apresentarem provas concretas para a CPI. “Penso ser inaceitável que repórteres, conscientes dos impactos que causam suas publicações, se aventurem em reportagens sem nenhuma base em fatos.
Ou que se lancem em conjecturas e suposições fundamentadas em meias verdades. É necessário repulsa e indignação ao conteúdo da matéria que não tem o menor compromisso com a verdade. É a clara intenção de denegrir um órgão público e a honra de seus servidores”, afirmou.
O diretor–geral lembrou que a própria revista afirmou não ter como comprovar as acusações, mas mesmo assim publicou a reportagem. “A longa matéria de seis página ostentava um minúsculo box em que o jornalista admite que Veja usou de todos os meios para comprovar a veracidade dos fatos, tendo viajado para vários países, e o jornalista humildemente reconhece que não foi possível chegar a nenhuma conclusão positiva ou negativa apesar das acusações feitas na matéria”, disse.
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