O economista Josué Mussalém, conselheiro da Fundação Gilberto Freyre, também diz na carta enviada ao presidente do TCE, Severino Otávio, em torno da contratação da entidade pela PCR, em um convênio sobre turismo, fora do escopo de atividades da fundação, que a FGF poderia ser usada eleitoralmente.
A preocupação consta do item 1.7 da carta, obtida pelo Blog de Jamildo.
Pelo que está escrito no contrato, a fundação teria que cuidar de promover o turismo junto a 20 mil pessoas em plena época eleitoral.
Inicialmente, o economista questiona que a própria PCR poderia realizar as atividades, não precisando da FGF.
Existe também, no texto, a preocupação política. “O prefeito tem candidato próprio à sucessão”, diz Mussalém.
O negócio começa a ficar complicado quando o economista detalha parte dos serviços, cuja fatura iria aos R$ 2,3 milhões. “Existe uma verba de R$ 350 mil para pesquisas.
Qual o critério para a escolha da empresa pesquisadora?
Para que serviria esta pesquisa?
Se for para orientar o planejamento, deveria ter sido feita antes, bem antes”, contextualiza.
Agora, o mais importante questionamento. “A dúvida repousa em saber se os pesquisadores não seriam cabos eleitorais disfarçados?”, pergunta.
No caso, o acordo foi assinado no começo de fevereiro, mas somente efetivado pela FGF no mês de julho, já às portas do período eleitoral.
A vigência oficial era de março a dezembro deste ano.
O documento é assinado pela única filha viva do sociólogo, Sônia Freyre Pimentel.
Entenda o rolo Rolo da Fade incentivou denúncia na Fundação Gilberto Freyre Decisão do TCE suspende pagamentos da PCR para Fundação Gilberto Freyre Conselheiro diz que convênio em ano eleitoral é estranho PS: Como o assunto é bastante relevante, pelo volume de recursos envolvidos, prometo voltar ao tema em breve.
Sempre com exclusividade, é claro.