Suape também esperava receber os investimentos.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participa nesta quarta-feira, dia 20, da cerimônia de inauguração do primeiro terminal de regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) do país.
O empreendimento está instalado no Porto Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará.
Com um projeto inédito no mundo, este terminal dá início à atuação da Petrobras como agente no mercado internacional de Gás Natural Liquefeito (GNL).
Ainda este ano, o segundo terminal de regaseificação da Petrobras será inaugurado na Baía de Guanabara (RJ).
O terminal de Pecém tem capacidade para regaseificar 7 milhões de metros cúbicos/dia.
Com o GNL, o país terá maior flexibilidade e segurança na oferta de gás natural aos mercados térmico e não-térmico.
O GNL será utilizado para atender, prioritariamente, as usinas termelétricas (UTEs).
O projeto GNL Petrobras é inédito no mundo.
Os terminais de regaseificação da Companhia são os primeiros a utilizar navios adaptados para realizar tanto o armazenamento do GNL como a regaseificação do produto a bordo.
O Brasil também é pioneiro ao adotar o modelo de transferência de GNL de um navio supridor para outro navio regaseificador por meio de braços criogênicos, capazes de suportar temperaturas de cerca de 160º C negativos.
Características do terminal A capacidade de regaseificação do terminal instalado no Porto de Pecém, 7 milhões de metros cúbicos de gás/dia, equivale a cerca de metade do consumo atual de gás natural destinado ao mercado térmico em todo o país.
Também representa um acréscimo de 11% na oferta atual (jul/08) de gás natural ao mercado nacional, que é de 60 milhões de metros cúbicos/dia.
O gás processado em Pecém será usado, prioritariamente, para a geração de energia elétrica nas usinas Termoceará (CE), Termofortaleza (CE) e Jesus Soares Pereira (RN).
A Petrobras adaptou a estrutura do píer 2 do Porto de Pecém, que funcionava como terminal de derivados de petróleo, de forma a prepará-lo para receber o GNL.
Para a adequação, foram construídas duas plataformas de concreto para elevar a altura do píer em três metros.
Também foi feito reforço na estrutura de atracação e amarração (os chamados dolfins de amarração e atracação) das embarcações, e montadas facilidades para a transferência de GNL entre o berço externo e interno do píer (sistema de tubulações, válvulas e instrumentação), chamado skid central.
Estas obras de reforço permitem a ancoragem de navios de grande porte, como são os supridores de GNL, e a perfeita segurança do terminal.
O píer tem cerca de 340 metros de comprimento.
A plataforma de atracação, com 45 metros de comprimento por 32 metros de largura, será compartilhada pela infra-estrutura de GNL e de combustíveis líquidos.
No terminal, também foram instalados seis braços para transferência de GNL e dois para Gás Natural Comprimido (GNC).
Todos eles têm 28 metros de altura.
Os braços para GNL pesam 70 toneladas cada; e os para GNC, 85 toneladas.
Além das intervenções no píer, foi construído um gasoduto (22,5km de extensão) que liga o terminal à malha de transporte de gás já existente.
Um trecho desse gasoduto (2,5 km) é aéreo, instalado na ponte de acesso ao píer.
O restante (20 km) é terrestre.
Também foi construída uma nova casa de controle.
Iniciadas em 20 de dezembro de 2007, as obras para construção do terminal de GNL em Pecém foram concluídas no prazo recorde de oito meses.
Cerca de 36% da mão-de-obra, de um total de 450 empregados, foi recrutada no distrito de Pecém, no município de São Gonçalo do Amarante.
Com informações do site da Petrobras