O presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, em entrevista ao Blog de Jamildo, alertou que o regime automotivo do Nordeste precisa ser renovado, de modo que as empresas que fazem peças para o setor nacional na região não sejam punidas e percam competitividade. “A redução na incidência de impostos como IPI está na iminência de acabar e precisa ser renovada.

Trata-se de um importante instrumento de política industrial, que ajuda o setor a sustentar-se”, explicou.

Mesmo na base de sustentação do governo Lula, o deputado federal mantém uma postura crítica. “No passado, o Estado financiava a infraestrutura.

Tudo era liderado pelo setor público.

Hoje, o estado retirou-se da área e a lógica é a do investimento privado.

A ótica é o retorno.

Se não tem retorno mais em um projeto no Nordeste, ele não vai investir.

A transnordestina é um exemplo.

Não investe porque não tem carga e não tem carga porque não tem investimento”, observa.

Na opinião do presidente da CNI, é preciso usar as PPPs para desenvolver a região, já que o instrumento garante o retorno ao empreendimento. “Precisamos deixar de discutir coisas nostálgicas, como a Sudene, para não perdermos de vista os novos desafios”.